Qual o melhor jeito de usar o Angus Branco no cruzamento industrial?

Em sua última participação no programa Giro do Boi, no dia 27 de julho, o zootecnista Alexandre Zadra tirou a dúvida de um criador da Colômbia. Confira:

Pergunta:

Qual a sua opinião sobre a raça Angus Branco aqui na Colômbia, que tem um clima parecido com o Brasil. Javier Rodriguez – Casanare, na Colômbia.

Resposta:

Em relação Angus Blanco, como você diz, ou Angus Branco, para nós, nós temos que pensar por dois aspectos. O primeiro deles é como monta natural. Sabemos que no Brasil tropical o animal que tem mais que meio-sangue de raças europeias, de climas temperados, […] tanto britânicos com continentais, […] sofrem mais com o nosso clima. A tolerância ao calor é menor e ele tem uma termorregulação pior se ele tem mais que meio-sangue europeu.

O Angus Blanco, ou Angus Branco, […] tem uma melhor capacidade de cobrir a campo do que os animais europeus porque ele tem um pouco de Brahman dentro dele, ou seja, tem uma raça tropical, um zebuíno tropical, e por isso ele tem mais chance de ser um animal que vai cobrir a campo. No entanto, eu recomendo que ele seja utilizado com mais força como touro no Centro-Sul do Brasil, de São Paulo para baixo ou do sul do Paraná para baixo porque ali o clima noturno de verão cai para 24º C, 23º C, o que faz com que o animal vá se alimentar, vá para o pasto nessas horas de mais frio, num clima mais ameno, que é quando ele vai pastar.

Agora como sêmen, eu acho que a gente tem outras raças europeias para fazer frente ao cruzamento e ter mais heterose com o nosso gado zebuíno. Essa é minha opinião. […] Eu acredito que a gente pode trabalhar com outros europeus, sem desmerecer o Angus Blanco, que é importante. Todas as raças são muito importantes. Mas eu vejo seu uso como monta natural no Centro-Sul do País.

Confira a entrevista completa clicando na imagem abaixo:

 

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