Confira a resposta de Alexandre Zadra ao criador Luis Augusto Porto, de Almenara (MG), que pediu dicas de quais touros utilizar em suas F1 Angus/Nelore e F1 Santa Gertrudis/Nelore.
Pergunta:
Uso touros Santa Gertrudis no repasse da IATF. Minha base é Nelore. Estou com novilhas F1 Santa Gertrudis/Nelore. Tenho dificuldade de achar novilhas de reposição, por isso tenho usado minhas F1 Angus/Nelore como matrizes. Você acha que devo usar tambem minhas F1 Santa Gertrudis/Nelore na reposição? E quais racas indica? Vou vender todos produtos? Faço o ciclo completo.
Resposta:
Você tem boas matrizes meio sangue angus, e está no caminho certo em aproveitá-las para reposição de suas matrizes.
Quanto à Santa Gertrudis, é a raça bi-mestiça mais antiga do mundo, base da formação dos outros bi-mestiços com características de muita velocidade de ganho e peso, com peso final muito bom.
Quando você usa esse animal sobre suas zebuínas, está fazendo um animal que eu apelidei de 31, uma matriz 31, porque ela tem 31% de sangue europeu, sendo muito tropical, com quase 70% de sangue zebuíno.
Ela não vai ter a mesma precocidade que a fêmea meio sangue Angus que você insemina com Angus, mas ela será uma boa fêmea, e vai entrar no cio seis meses após a Angus, mas se caprichar na comida, entra no cio na mesma idade, porém com mais peso.
Por tudo isso, recomendo sim você utilizar essa fêmea 31 meio sangue Santa Gertrudis/Nelore.
Quais raças eu indico? Dependendo do seu sistema de recria e engorda, se você for fazer cruzamento terminal e tiver muita comida pós desmama e tiver o confinamento, pode usar as raças europeias como Angus e Hereford, ou usar os bi-mestiços se for para ser recriado a pasto engordado mais extensivamente como Bonsmara, Senepol e o Caracu.